sábado, 9 de março de 2013

BRASIL INTERESSADO NA TAP-AIR PORTUGAL




BRASIL INTERESSADO NA TAP-AIR PORTUGAL



Um dos maiores erros cometidos por este Governo foi a tentativa de venda da Tap - Air Portugal, na verdade concordo com os cortes do intervencionismo do estado pós 25 de Abril em empresas como a CP - Comboios de Portugal e outras, tornando os Portugueses num povo que não sabia como dirigir a sua vida sem recorrer à ajuda do estado. Contudo decisões desta natureza não podem ser tomadas de modo radical, tem de haver inteligência (coisa que o governo não possui), precaução e estudo decisório, análise (coisa que este governo não faz), e não a venda do património como simples medida para angariar fundos, não para solucionar os problemas de Portugal e consolidar o seu desenvolvimento, mas sim para protelar a permanência ambiciosa dos homens e dos partidos políticos no poder.

Curiosamente um revisor da CP (homem que inspecciona se os passageiros dos trens levam o obrigatório bilhete de passagem), ganha mais que um mestre em medicina legal que é assessor da administração de uma Universidade ( apx. 1100 Euros antes dos descontos) . Um revisor da CP ganha perto de 1500 euros (tem cerca de 10 subsídios no salário), um dos subsídios que recebe é (imaginem), por assiduidade no trabalho, ou seja, é louvado por não faltar ao trabalho...

Curiosamente o Governo não toma medidas em relação à CP e a este tipo de situações, corta naquilo que é fácil e se lhe depara sem oposição, embora não fosse difícil intervir no caso desta companhia dando como alternativa às greves que se sucedem umas às outras, o transporte rodoviário e não cedendo aos constantes apelos dos grevistas para aumentos salariais. Mais tarde abordarei aqui o problema da CP e as soluções que existem para esta empresa pública.


Quando se pergunta se a TAP deveria negociar o capital da companhia com os credores, tentando a transformação do seu passivo em capital, a resposta óbvia na minha opinião é NÃO! Potencialmente muitos dos credores são nacionais logo, devido às suas restrições em termos de contabilização de capitais, não estarão disponíveis para efectuar essa transformação NA DIMENSÃO necessária. O capital próprio é negativo o que implica que teria de ser feito um aumento de capital, não pelo estado, quem o fizer certamente exigirá o controle absoluto da empresa como o mostrou a última tentativa de venda (graças a Desu falhada).

A solução mais viável é tornar a TAP atractiva e vender apenas 49% do seu capital. Para que isso possa acontecer o Governo apenas tem de usar o cérebro, uma das partes com que o corpo deste governo não foi dotado, sendo por demais evidente esta acéfalo estrutura pela sua loucura obsessiva e compulsória de vender tudo!

Dificilmente um grupo de accionistas terá o poder necessário para fazer o que será o futuro próximo da TAP que e que passará quase certamente pelo corte de muitas das rotas de rentabilidade marginal ou negativa. Estas rotas incluirão rotas de longo curso a partir do Aeroporto Sá Carneiro no Porto, incluirão rotas de longo-curso para a América do Norte, incluirão praticamente todas as rotas de médio curso a partir do Porto e algumas das rotas de médico curso a partir de Lisboa levando a um decréscimo de 15% a 20% dos passageiros transportados e aposta na carga, aqui é que está o segredo!

Provavelmente a TAP conseguiria esperar mais um ou dois anos sem que hajam movimentações de capital, mas existem factores que o Governo não está a ver (e eu aqui não revelo) que reduziram ainda mais esta verdadeira corrida contra o tempo, algo poderia mudar o curso da história da TAP mas apenas se vai tornar visível em finais de 2014 /2015 e é preciso preparar o terreno agora, nessa altura (2014/2015) o Governo e a TAP não terão a mínima hipótese de solucionar o problema pois esta intervenção deveria começar agora, no máximo dentro de 6 meses. Sei porque razão o afirmo e não estou a usar aqui a estratégia do bandido que coloca o fantasma na frente para ser escutado, pois amo usar de ética em tudo o que faço A manutenção da frota da TAP no Brasil continua a ser um de uma onerosidade tão grande que se tornou numa doença crónica; Os novos A350 deveriam ser entregues em 2015-2016, o governo deveria renegociar com a Airbus essa decisão de compra com outro formato, e por certo a Airbus não recusaria a nova proposta!

A posição de domínio que actualmente a TAP mantém no Brasil com 60 voos semanais (ou próximo disso) vai perder-se pois houve movimentações no Brasil entre a LAM e a TAM fora da Star Alliance (Grupo onde se move a TAP). A LANTAM está na corrida e a solução que eu preconizo iria servir de barreira a essa tendência abrindo outros mercados para a TAP e dando-lhe uma oportunidade única de rapidamente liquidar completamente o seu passivo. Contudo quando revelei "Solução Portugal" apenas fui usado por prostitutas intelectuais e quando a levei ao governo este nem a decência teve de me escutar, fazendo uso do meu projecto/ideia de modo muito pobre, tão pobre que chegou a ser ingénuo... Elogio aqui o Fernando (Actual gestor Brasileiro da TAP), que foi e é um homem com visão, mas que por circunstâncias perceptíveis (pois não viveu nos meios em que eu vivi) não poderá chegar onde quero ir... 

Voltemos à questão da TAP-Air Portugal, motivo de análise neste artigo... Como dizia no primeiro parágrafo, o governo deveria analisar e elaborar um estudo decisório da venda da TAP orientado para encontrar soluções para tornar a empresa viável, liquidar o seu passivo (sem recurso ao intervencionismo estatal), e depois sim, efectuar um concurso público de venda de 49% desta empresa (apenas depois de se virar para a estratégia que eu aqui não revelo, a única estratégia que iria tornar a TAP muito atractiva, talvez mais atractiva que a Air France, British Airways e KLM, mas nunca a vender a preço de bananas numa situação caótica com um passivo de 1,2 mil milhões de Euros como o governo tentou fazer há pouco tempo atrás; após a venda da TAP ao Colombiano proprietário da Avianca, Portugal apenas iria encaixar nos cofres do Estado (imaginem...) 20 milhões de Euros, colocando a importância estratégica desta empresa ( e também da segurança nacional), em risco... A TAP é uma empresa muito importante, talvez a mais importante, na estratégia da Portugal para o futuro, daí o facto de ter-me preocupado em mostrá-lo em "SOLUÇÂO PORTUGAL".

Outro erro grave deste governo foi não ter-me escutado quando Pedro Álvaro (com a minha antecipada permissão) tomou a iniciativa de contactar a secretária do Ministro da Economia Álvaro Pereira e pedindo o seu email para que pudesse enviar este projecto juntamente com o meu "Curriculum Vitae". Questões como "Solução Portugal" nunca podem ser completamente divulgadas ao grande público sob pena de se colocar a segurança nacional em causa, também nesse documento enviado ao Governo tive a precaução de não o tornar demasiado descritivo, pormenorizado, pois não sabia quem estava do outro lado da "cortina", aguardei que fosse chamado para uma reunião onde eu iria propor a criação de um pequeno gabinete de trabalho destinado a aprofundar este projecto, e depois de o Governo o ter aceite com condições fiáveis, esse pequeno grupo de trabalho efectuaria um plano mestre, operando em sintonia com o governo e levando este a começar a sua acção, até à sua conclusão final para que Portugal hoje tivesse um futuro credível, com medidas pragmáticas, e estruturadas, mas jamais como o governo actuou.

Em vez do governo ter-me escutado ( o mesmo governo que publicamente declarou que estava aberto a ideias inovadoras dos cidadãos), apenas fez o oposto daquilo que toda a lógica e bom senso requerem. Começou por mudar a estratégia em relação ao TGV seguindo as directrizes do meu projecto, mas sem nenhum planeamento, sem estudos de impacto económico, avançando com uma proposta à Europa sem que tivesse havido um estudo prévio. Claro, a União Europeia de imediato aplaudiu a mudança de política em relação ao TGV apoiando o Governo. O investimento global inicial do TGV do governo Lisboa/Madrid era de 4200 milhões de Euros e o indicado no projecto "Solução Portugal" era de 700 milhões, para a Europa era perfeito, pois iria participar em 85% do financiamento do projecto, e pouparia 2,905 milhões de Euros, pois agora a sua participação se resumia a 595 milhões de Euros...

Contudo deixo aqui um alerta aos portugueses: o comboio de mercadorias como foi proposto no meu projecto inicial, aconselhava um diálogo do governo português com a Estremadura Espanhola ( região mais desfavorecida da Espanha) para evitar a arrogância da Catalunha e deste modo construir (com capital privado), uma linha Sines / Paris atravessando toda a Estremadura espanhola. Como irão perceber mais à frente, e como a história o comprovou, a cooperação Espanha/Portugal sempre foi duvidosa... Aqui o governo cometeu um erro gravíssimo, pois a logística do "Transhipment" / Transbordo da carga, ficará nas mãos de Madrid. Contudo, como já percebi, aquilo que moveu o governo não foi o interesse de Portugal, mas sim o protelamento no poder...

Portugal estava na posse de tempo suficiente para negociar com a Estremadura espanhola um traçado ferroviário com investimento privado antes de avançar com a Europa para o TGV mercadorias via Madrid, ajudar o desenvolvimento de toda a Estremadura espanhola, até o projecto ferroviário se consumar Portugal poderia operar com uma frota de camiões Jumbo, e incentivar as transportadoras e transitários portugueses que tão mal tratados têm sido nos últimos anos. Caso a Estremadura espanhola recusasse a proposta nos termos em que eu a desenhei ( com contra-partidas que iriam desenvolver essa região de Espanha), então o Governo avançava para a solução via Madrid, mas como sempre, quem não escuta depois não pode ver...

No mínimo o governo deveria ter consultado a Antram - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, assim como a APAT.- Associação Portuguesa de Agentes Transitários Portugueses, expor o projecto, escutar mais as associações empresariais, decidir escutando e sobretudo tentar vender menos património público. 

Vejam esta Notícia de hoje publicada em "Motícias ao Minuto"

Governo do Brasil estuda apoiar Efromovich a comprar a TAP - Folha de S. Paulo Redação, 09 mar - O Governo brasileiro pode vir a apoiar o empresário colombiano Germán Efromovich a comprar a TAP através da companhia colombiana Avianca, de acordo com a Folha de S. Paulo que cita fontes da empresa e do executivo.

Redação, 09 mar - O Governo brasileiro pode vir a apoiar o empresário colombiano Germán Efromovich a comprar a TAP através da companhia colombiana Avianca, de acordo com a Folha de S. Paulo que cita fontes da empresa e do executivo.

Segundo o jornal brasileiro, Efromovich pediu ajuda ao Governo do Brasil para comprar a TAP e este "pretende dar apoio oficial" à compra da companhia aérea portuguesa por Efromovich, "abrindo espaço para a criação de uma "superaérea" luso-brasileira".

"Segundo disseram à Folha interlocutores da empresa e do governo, a ideia é que a aquisição agora seja feita pela Avianca Brasil, e não pelo grupo Synergy, 'holding' que controla os negócios de Efromovich, como proposto na primeira tentativa de compra", lê-se no portal da Internet do diário.

Em dezembro, o Governo português decidiu suspender o processo de privatização da TAP, que tinha o grupo Synergy, de German Efromovich, como único candidato, argumentando com a falta de apresentação da garantia bancária exigida no caderno de encargos para a alienação da companhia aérea.

A forma do apoio 'oficial' do Brasil ao negócio, segundo refere a Folha de S. Paulo, está ainda a ser estudada.

"A ajuda financeira do governo brasileiro via BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento brasileiro] não está afastada, mas a avaliação do governo é que o executivo tem capital suficiente para financiar a operação", refere o diário.

A Folha de S.Paulo refere ainda que, apesar da suspensão da venda da TAP, "continuam as conversas entre Efromovich e as autoridades portuguesas" para vender a companhia aérea, estando o "impasse" relacionado com a "dívida da TAP".

No dia em que decidiu cancelar a venda da TAP, a 20 de dezembro, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou que a proposta do grupo Synergy para a compra da TAP foi rejeitada, porque não deu "as garantias adequadas".

A governante explicou que a proposta em cima da mesa significava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a que acrescia a assunção de um passivo (dívida) na ordem dos 1,5 mil milhões de euros.



Sem comentários: