sábado, 16 de março de 2013

SINES - EMIRATOS ÁRABES UNIDOS MANIFESTAM INTERESSE EM SINES...


15 DE MARÇO DE 2013

Tal como havia aconselhado ao governo quando enviei o projecto "Solução Portugal", a aproximação ao mundo Árabe era muito importante, quando enviei o meu projecto ao Governo no dia 28 de Setembro de 2011, mostrei a importância da aproximação ao investimento Árabe em Sines. Dois anos mais tarde os Emiratos Árabes Unidos manifestam o seu interesse no investimento. Apesar de o governo nunca ter reconhecido publicamente "Solução Portugal", aqui fica mais um comprovativo de como este projecto tem sido ( e continuará a ser), seguido por este executivo (depois do artigo em baixo segue-se um curto historial do que aconteceu após este projecto ter sido enviado ao ministro da Economia Álvaro Pereira no ano de 2011.
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O Dubai Port World (DPW) a está a analisar o projecto juntamente com a Administração do Porto de Sines e deverá tomar uma decisão em breve. Esta possibilidade surge no dia em que o embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Portugal visitou o complexo industrial de Sines. Sacral Raisi garantiu que em breve se vai começar a notar a entrada do país no mercado português.

O Dubai Port World (DPW)e a Administração do Porto de Sines (APS) estão a analisar o projeto do futuro mega-terminal de contentores Vasco da Gama, que terá uma capacidade máxima 4,5 vezes superior ao atual terminal gerido pela PSA de Singapura. As autoridades portuguesas aguardam que este investidor portuário dos Emirados Árabes Unidos (EAU) tome uma decisão em breve. Hoje a embaixada dos EAU, liderada por Saqr Nasser Al Raisi, efetuou uma visita a Sines, tendo mantido contactos com os responsáveis da autarquia.

O embaixador dos EAU visitou igualmente o complexo industrial de Sines, onde há vários outros projetos com potencial para os grupos árabes. Este país árabe tem um conjunto de empresas que podem ser igualmente potenciais investidores em operações de abertura de capital que Portugal venha a promover a nível internacional. O operador portuário DPW já gere uma rede de mais de 60 terminais portuários espelhados por diversas geografias, emprega mais de 30 mil trabalhadores e a movimentação de contentores proporciona 80% das suas receitas.



OS FACTOS QUE SE SEGUIRAM AO ENVIO DO PROJECTO AO GOVERNO:
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- 28 de Setembro de 2011 - 

O projecto "Solução Portugal" é enviado ao Governo como posso comprovar (irei aqui publicar na íntegra a carta enviada ao Governo Português na pessoa de do actual Ministro da Economia Álvaro Pereira, com um pedido de reunião que nunca teve resposta.


- 14 de Outubro de 2011 -

O Governo vai avançar com três novos terminais de contentores nos portos de Lisboa, Leixões e Sines, apurou o Económico. - O Governo pretende investir 2.455,15 milhões de euros em diversas infraestruturas nos cinco maiores portos nacionais. O Económico apurou que grande parte deste esforço financeiro será aplicado na construção de três novos terminais de contentores nos portos de Lisboa, Leixões e Sines. No porto de Sines, está também previsto lançar um novo terminal de contentores, designado Vasco da Gama, com recurso a um concurso público que encontre um operador privado para o efeito. O processo será lançado entre 2013 e 2022, por um prazo de concessão de 30 anos. O investimento previsto é de 941 milhões de euros, sendo 705 milhões da responsabilidade do futuro operador privado. 

O novo terminal de contentores de Sines terá uma capacidade de movimentação anual de 4,5 milhões de TEUS.

Também no porto de Leixões, o Governo pretende construir um novo terminal de contentores, com fundos de 14 metros. O investimento deverá ascender a cerca de 160 milhões de euros, com financiamento parcial do BEI - Banco Europeu de Investimento e RTE-E - Rede Transeuropeia de Transportes.O projecto encontra-se em fase de estudo e prevê-se o arranque da empreitada para 2014. O reforço das ligações do porto de Leixões com o Atlântico Sul é uma das metas. Dias mais tarde o porto de Sines é entregue a SINGAPURA que hoje possui a concessão de exploração por 30 anos a preço de amendoins ( o valor da concessão por 30 anos do porto de Sines vale 30 vezes mais do que o governo aceitou).


- 19 de Outubro de 2011 -

Bruxelas acerta com o governo novo projecto para o TGV abandonando o TGV passageiros e apostando apenas no TGV mercadorias seguindo rigorosamente as linhas do projecto "Solução Portugal". 

"Em Portugal, o projecto de alta velocidade, principalmente com a designação de TGV, foi muito criticado pelo actual Executivo durante a campanha eleitoral e continuou a ser atacado já com o actual Governo em funções. Mas o projecto voltou a mexer. Haverá uma ligação do Poceirão ao porto de Sines, elimina-se a duplicação de linha entre o Poceirão e a fronteira espanhola, poupa-se nas estações e nas expropriações e garante-se a construção de raiz em bitola europeia." 


- 14 de Novembro de 2011 - 

O porto de SINES que era até à data do envio do projecto "Solução Portugal" um porto fantasma de quem ninguém falava passa a ser notícia nos meios de comunicação de Portugal e alvo principal da estratégia do governo. Nessa época não se falava em SINES, muito menos jamais alguém (exceptuando a informação contida no projecto - Solução para Portugal) - havia feito qualquer referência ao Canal do Panamá, só a - 14 de Novembro - Aparece na imprensa em letras capitais:


"Porto de Sines alarga molhe de abrigo de contentores para oportunidades do novo Canal do Panamá”


A Administração do Porto de Sines (APS) está a ampliar o seu molhe leste de abrigo do terminal de contentores dos actuais 1.100 para 1.500 metros, um investimento de 40 milhões de euros.

Lídia Sequeira, presidente da APS, que falava durante a conferência "O Impacto do Novo Canal do Panamá nos Portos Portugueses", em Sines, revelou ainda que o porto está a expandir o seu Terminal XXI, que terá uma capacidade para navios até 14 mil TEU, tudo isto para "fazer face ao aumento do tráfego transatlântico derivado do novo Canal do Panamá". O Terminal XXI passa assim a ter uma capacidade máxima de movimentação de 800 mil TEU por ano.

"Lídia Sequeira considerou que o alargamento do Canal do Panamá vai ter um "impacto significativo em termos de carga contentorizada, passando a acolher navios com capacidade até 13 mil TEU". E afirmou que os portos nacionais "têm uma localização privilegiada, pois estão localizados na confluência das principais rotas marítimas internacionais". "É um factor positivo que não devemos desvalorizar, como já ouvi varias vezes". 

Para a presidente da APS, o Canal do Panamá vai levar a um "redesenhar de novas rotas e serviços no Atlântico e isso, parta o Porto de Sines, como porto de águas profundas, é uma oportunidade única". 

Contra minha vontade, enviei o projecto "Solução Portugal " para toda a oposição no parlamento português, a minha estratégia foi torná-lo público para que assim não pudesse ser utilizado para finalidades alheias ao interesse público e benefício de Portugal.


- 21 de Janeiro de 2013 -

Curiosamente Jeoren Dijsselbloem, um Holandês, sucede a Jean-Claude Juncker como Presidente do Eurogrupo, sucessor na liderança do fórum dos ministros das Finanças da Zona Euro.


- 7 de Fevereiro de 2013 -

Apesar de o Governo ter assegurado que a reformulação do anterior projecto de alta velocidade ferroviária (TGV) Lisboa/Madrid tinha merecido a concordância de Bruxelas, não é essa a garantia dada ao jornal i, esta quinta-feira, pelo vice-presidente da Comissão Europeia e porta-voz do comissário europeu com o pelouro dos Transportes. Não é certo que Bruxelas financie um novo, ou reformulado, projecto português de alta velocidade ferroviária de mercadorias, visto que o de passageiros está fora de questão.

O vice-presidente da Comissão Europeia e porta-voz do comissário europeu com o pelouro dos Transportes, Siim Kallas, admite que a futura Connecting Europe Facility (CEF) pode vir a financiar projectos em Portugal (até 85% do total) mas, em resposta ao i, esclarece que este mecanismo “ainda não foi aprovado pelo Parlamento e pelo Conselho Europeu”.


- 10 de Fevereiro de 2013 - "Documento de Coimbra" -

(Reunião Nacional do Partido do PS - Partido Socialista a quem enviei o projecto, assim como a toda a oposição no parlamento português após ter visto que o governo estava a usar a ideia de "Solução Portugal" )
O primeiro esboço do que pode vir a ser o programa eleitoral do PS foi apresentado e aprovado ontem na Comissão Nacional, realizada em Coimbra. Num texto de 27 páginas, intitulado ‘Documento de Coimbra’, o PS apresenta um conjunto de propostas alternativas, divididas entre a frente nacional e a frente europeia. Mas entre estas medidas constam algumas novidades.

Na frente nacional, o PS propõe o aumento do salário mínimo, a estabilização do quadro fiscal, o aumento das pensões mais baixas, a reposição do nível de protecção social e a valorização da contratação colectiva. Além destas medidas, os socialistas insistem na renegociação do memorando de entendimento com a troika e sugerem a apresentação de ‘project bonds’ de investimentos estruturantes como a ligação ferroviária de mercadorias Sines-Madrid.

"O PS faz um apelo para que os senhores ministros da Economia [Álvaro Santos Pereira] e das Finanças [Vítor Gaspar] se entendam" sobre o projecto de ligações ferroviárias de alta velocidade e, em segundo lugar, depois de se entenderem, "venham ao Parlamento explicar aos portugueses em que é que se entenderam", declarou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

De acordo com Carlos Zorrinho, o PS "manifesta enorme estupefacção com o que tem ocorrido em torno [do tema] das ligações ferroviárias de alta velocidade" e, por essa razão, vai requerer a presença dos dois ministros na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o presidente da bancada socialista apontou que o ministro [de Estado e das Finanças] Vítor Gaspar começou por anunciar "a retoma do projecto, reconhecendo o Governo que há razão para se fazer uma aposta forte nas ligações ferroviárias de alta velocidade".

Porém, no dia seguinte, acrescentou Carlos Zorrinho, "percebeu-se que o mesmo ministro das Finanças a primeira coisa que fez foi transferir 700 milhões de euros que se encontravam num consórcio bancário para tapar buracos na Parpública".

Com esta opção, na perspectiva do líder parlamentar do PS, ficava então "desfeito o mito inerente à tese de que esses 700 milhões de euros estariam a secar a economia portuguesa e a evitar que as pequenas e médias empresas acedessem ao financiamento".

"Esses 700 milhões de euros foram retirados e não são para as pequenas e médias empresas, não são para dinamizar a economia, mas para tapar um buraco na Parpública", referiu, numa crítica ao Governo.

Neste contexto, Carlos Zorrinho afirmou que a surpresa aumentou ainda mais quando o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, "veio dizer que não tem conhecimento de nada" e que se houvesse alguma evolução no processo "seria apenas no próximo quadro comunitário de apoio".

"E hoje ficámos a saber que não há dinheiro previsto em Bruxelas para o projecto", disse.

Em síntese, para o presidente da bancada socialista, os ministros da Economia e das Finanças têm de "explicar todo este imbróglio aos portugueses".


Agora vejam a sequência de factos ao nível Europeu!



Não acham estranho Jeoren Dijsselbloem, um Holandês (país que mais beneficia com taxas aduaneiras de mercadorias de países terceiros), ser eleito Presidente do Eurogrupo e líder do fórum dos ministros das Finanças da Zona Euro ( a mesma entidade de quem depende a aprovação das verbas destinadas ao TGV de mercadorias que ligaria Sines a Espanha? Não estará aqui o "lobbie!" Holandês ( e o país que possui o maior volume de carga da Europa) a ser protegido? 


- 21 de Janeiro de 2013 - 

Jeoren Dijsselbloem, político Holandês, ex funcionário do Ministério da Agricultura e Pescas da Holanda, membro do Conselho de Governadores do Banco Europeu de Investimentos e Ministro das finanças do Benelux, (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) é eleito Presidente do Eurogrupo. É este homem quem tem na mão o poder de decidir ou negar o investimento da Europa no então chamado TGV - Mercadorias.... Curioso, coincidência?... Quem seria o maior prejudicado se Portugal começasse a funcionar como porta de entrada de todas as mercadorias que paradoxalmente hoje vem para o Sul da Europa via Holanda? Vejam a seguir...


- 7 de Fevereiro de 2013 - 

O Presidente da Comissão Europeia afirma que não é certo que Bruxelas financie o TGV de mercadorias Português dando o dito por não dito. A Europa já havia concordado com a aprovação deste projecto estando apenas aguardando questões de ordem formal...

Fica um ponto de interrogação, a Europa já mostrou que não faz nada por acaso, estão com medo de Portugal se tornar na porta de entrada da Europa?

- 1 de Março de 2013 - Recente...


A Europa dá o dito por não dito e recua de novo aprovando o projecto do comboio de mercadorias Sines/Madrid, ou seja: a Europa aprovou inicialmente aplaudindo Portugal pela sua postura comedida nos termos do investimento, pois quando Portugal recuou (após o envio de "Solução Portugal" ao governo, a Europa apenas via que o Governo Português havia sido cauteloso, desistindo de um investimento 4 biliões e duzentos milhões de Euros para apenas 700 milhões de Euros.

O TGV passageiros apenas daria a oportunidade aos cidadãos Madrilenos de viajar ao final da tarde para Lisboa, jogar no Casino Estoril, e de manhã regressar a Madrid. Contudo o meu desânimo levou-me a tornar o projecto público e foi então que a Europa percebeu o que estava por trás da decisão governamental, a sua origem em "Solução Portugal", tendo recuado dando o dito por não dito. Contudo, a Europa percebeu que tinha uma "batata muito quente" nas mãos, preferiu recuar de novo para ganhar tempo, e desta vez (vamos ver se será a última), dar o seu assentimento (esperemos que definitivo), ao TGV-mercadorias ( a designação correcta é LTM - Linha de Transporte de Mercadorias, pois este comboio pode oscilar a velocidade de acordo com o seu comprimento que poderá atingir os 700 metros fazendo-o variar entre velocidades que vão dos 120 qilómetros pro hora a 200/250 quilómetros por hora.

Contudo deixo aqui um alerta aos portugueses: o comboio de mercadorias como foi proposto no meu projecto inicial, aconselhava um diálogo do governo português com a Estremadura Espanhola ( região mais desfavorecida da Espanha) para evitar a arrogância da Catalunha e deste modo construir (com capital privado), uma linha Sines / Paris atravessando toda a Estremadura espanhola. Como irão perceber mais à frente, e como a história o comprovou, a cooperação Espanha/Portugal sempre foi duvidosa... Aqui o governo cometeu um erro gravíssimo, pois a logística do "Transhipment" / Transbordo da carga ficará nas mãos de Madrid. Contudo, como já percebi, aquilo que moveu o governo não foi o interesse de Portugal, mas sim o seu protelamento no poder.

Portugal tinha tempo ara negociar com a Estremadura espanhola um traçado ferroviário com investimento privado, ajudar o desenvolvimento de toda a Estremadura espanhola, até o projecto ferroviário se consumar Portugal poderia operar com uma frota de camiões Jumbo, e incentivar as transportadoras e transitários portugueses que tão mal tratados têm sido nos últimos anos. No mínimo o governo deveria ter consultado a Antram - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, assim como a APAT.- Associação Portuguesa de Agentes Transitários Portugueses, expor o projecto, escutar mais as associações empresariais, decidir escutando e sobretudo tentar vender menos património público.

15 DE MARÇO DE 2013 

O Dubai Port World (DPW) a está a analisar o projecto juntamente com a Administração do Porto de Sines e deverá tomar uma decisão em breve. Esta possibilidade surge no dia em que o embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Portugal visitou o complexo industrial de Sines. Sacral Raisi garantiu que em breve se vai começar a notar a entrada do país no mercado português.

O Dubai Port World (DPW)e a Administração do Porto de Sines (APS) estão a analisar o projeto do futuro mega-terminal de contentores Vasco da Gama, que terá uma capacidade máxima 4,5 vezes superior ao atual terminal gerido pela PSA de Singapura. As autoridades portuguesas aguardam que este investidor portuário dos Emirados Árabes Unidos (EAU) tome uma decisão em breve. Hoje a embaixada dos EAU, liderada por Saqr Nasser Al Raisi, efetuou uma visita a Sines, tendo mantido contactos com os responsáveis da autarquia.


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