Este navio para entrar no porto de Roterdão tem de sofrer complicadas operações com super rebocadores, mas se o mar do Atlântico Norte não estiver de bom humor tem de ficar dias ao largo para poder entrar. As autoridades portuguesas devem prestar atenção às obras de alteração da estrutura portuária Holandesa que se iniciaram em 2010, e dotar Sines da mais moderna tecnologia em termos de eficiência operacional e dimensão dos cais de acostagem, pois se Portugal desejar apostar forte o volume de carga e número de navios que vão acostar em Sines é qualquer coisa prodigiosa... Sines deve Olhar o somatório do movimento de Londres, Southampton, Hamburgo, Anvers e sobretudo Roterdão...
Os Holandeses têm uma capacidade tecnológica e criatividade enormes, a vantagem de Portugal é a relação custo, distância e eficácia na acostagem, uma coisa a Holanda não pode mudar com toda a sua tecnologia e criatividade: o mau temperamento das águas do Atlântico Norte. O Emma Maersk já chegou a estar dias e dias ao largo da costa aguardando permissão de entrada por três razões:
- Mau tempo
- Saturação do porto de Roterdão,
- Dificuldades de acesso por uma intrincada rede de canais artificialmente construídos.
A somar a estes factores está a demora na descarga (Sines está a operar com rapidez - 20 horas de tempo de descarga para um "Megacarrier" da MSC é excelente) a somar os custos portuários das companhias de navegação e acréscimo de tempo ( mais cerca de dez a 15 dias na ida e volta se os navios não tiverem de ficar aguardando devido aos factores acima indicados).
Um navio da Maersk até Algeciras leva 18/22 dias, até Roterdão são mais 15 dias, se adicionarmos o tempo de descarga e operações de distribuição o "Timing" agrava, por essa razão Portugal tem de apostar muito forte num centro logístico de distribuição no Luxemburgo (onde residem 80 a 100 mil portugueses). Portugal fez muito mal em ter vendido o parque de energias renováveis da EDP por razões que agora não devo aqui mencionar.
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