quarta-feira, 6 de março de 2013

VENDA DE 10/12 DOS 39 CAÇAS F-16 DAS FAP - FORÇA AÉREA PORTUGUESA




Venda de 10/12 dos 39 caças F-16 

“não compromete o cumprimento das missões”, garante Aguiar-Branco

O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, admitiu esta quarta-feira que “há caças para vender” e que, para além da Romênia, a Bulgária também estará interessada na compra de aviões portugueses.


“Nós, efetivamente, estamos a tratar da venda de cerca de dez F-16 – podem ir entre nove e 12 F-16 – essa venda está a ser objeto de toda uma negociação. Pode ser com a Romênia ou pode ser com a Bulgária, está todo um processo a decorrer”, admitiu Aguiar-Branco na cerimônia de inauguração das instalações do Comando Local da Polícia Marítima, em Ponta Delgada, nos Açores.
Redução de dez dos 39 caças F-16 da esquadra
Segundo o ministro da Defesa, essa decisão “é fruto de uma lógica de racionalização imediata”, assegurando que “não compromete o cumprimento das missões por parte da Força Aérea e que poderá inclusivamente vir a facilitar e criar condições para que o reequipamento da própria Força Aérea seja mais forte do que é neste momento”.


“É uma operação feita em total sintonia com o próprio chefe do Estado-Maior da Força Aérea, portanto é uma avaliação convergente e de uma situação em que se podem tirar benefícios quer para o país, quer para a Força Aérea num futuro próximo”, afirmou o ministro.


Questionado pelos jornalistas acerca das razões de serem dispensáveis dez de um total de 39 F-16 da Esquadra da Força Aérea Portuguesa, Aguiar-Branco sublinhou: “Se há condições para fazer este tipo de operação, é porque na relação custo-benefício ela é mais vantajosa do que a situação que tínhamos”. “Temos de fazer uma avaliação sempre entre o custo e o benefício e a oportunidade, neste momento, aponta para que nessa avaliação seja mais positivo podermos fazer a venda desse equipamento. Assim ela se concretize, com as garantias necessárias de quem vier a comprar”, disse.

MINHA OPINIÃO SOBE O ASSUNTO:

Em primeiro lugar nada vejo de vantajoso nessa venda, pois o que os governos têm comprovado é que todo o dinheiro que entra neste país se esvai por um cano de esgoto invisível, mas também desejo aqui lembrar o caso da compra dos submarinos à Alemanha, houve presos por corrupção na Alemanha (o corruptor activo), nós que os compramos nada se passa? Alguma vez houve corruptor activo sem corruptor passivo?

Portugal, graças aos Açores e à Madeira, possui uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 1,727,408 km2 (Wikipedia). A disputa começa logo aqui pois Espanha acha que esta zona devia ser mais pequena, nomeadamente, a fronteira deveria situa-se a meio caminho entre a Madeira e as Ilhas Canárias. Mas têm os espanhóis azar pois as Ilhas Selvagens estão sob soberania portuguesa e, assim, a fronteira está mais para sul do que os nossos vizinhos espanhóis gostariam. Este é só princípio da disputa. Esta adensa-se quando se fala na proposta de extensão da plataforma continental que Portugal colocou na UN. A figura que fiz para ilustrar esta publicação o mostra ( a azul claro a actual ZEE- Zona Económica Exclusiva e a azul escuro a ZEE proposta nas Nações Unidas comprovando o elo da plataforma continental.
Em causa está um autêntico continente marinho. Mas direitos não se podem ver sem responsabilidades. Como garantir a soberania nestas águas? Como monitorizar actividades ilegais? Como prestar busca e salvamento numa área tão larga. E, não esquecer, como contra-argumentar com os parceiros europeus que temos meios para assegurar a soberania e segurança destas águas?

É neste campo que entra a estratégia militar. Todo este mar tem um enorme potencial económico e estratégico. Tem recursos e é uma porta de entrada na Europa. Logo, é cobiçado. As pressões para que a nossa ZEE seja mais pequena e pertença dum colectivo europeu são reais e actuais.

Neste momento temos as Fragatas classe Vasco da Gama (3), as Fragatas Classe Bartolomeu Dias (2), dois submarinos, mais umas corvetas e outros pequenos meios. Os meios aéreos eram fundamentais para manter ao mínimo este equilíbrio. É o que sobra da potência naval quem um dia, bem distante, fomos. Mas sobra menos do que o listado pois é prática corrente metade da frota ( e da força aérea também) estar parada para servir de empresta-peças à outra metade. É no que dá comprar material e não reservar dinheiro para a manutenção...

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É do conhecimento público que em todos os negócios na área de compra e venda de armamento existe sempre corrupção por trás, deveria haver uma comissão destinada a supervisionar estes contratos. Não desejo com esta afirmação acusar ninguém, apenas referir um facto que é uma constatação de facto!
Já  basta o que já temos visto nos últimos anos....
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"SOLUÇÃO PORTUGAL" 
Enquanto projecto de saída de Portugal desta crise é contra essa venda!




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